Inovações dentro e fora da pista, transmissões dinâmicas, uma ‘nova’ geração de pilotos, espionagem, intrigas, traições, muitas emoções e uma tv de LCD foram os ingredientes que tornaram a F1 sensacional para mim este ano.
Os atores principais do espetáculo fizeram a sua parte. O campeonato começou já prometendo, quando Jarno Trulli nos despertou na madrugada do dia 17 de março saindo do box para a classificação do GP da Austrália com o macaco ainda engatado na traseira da sua Toyota, se lembra?
E a primeira cagada do Christijan Albers [Spyker]? Logo na 10ª volta da corrida ele rodou sozinho porque se atrapalhou com os botões do rádio. Lewis Hamilton [McLaren] também mostrou logo de cara para o que veio – só ficou chato o Galvão tentando emplacar o apelido de Robinho, hehehe. O Grande Prêmio da Austrália também proporcionou a primeira grande piada do ano, quando David Coulthard [Red Bull] atropelou Alexander Wurz [Williams], por três ângulos diferentes Red Bull te dá aaaaasas.
No GP da Malásia, no dia 08 de abril em Sepang, teve um gráfico novo na transmissão que eu achei muito legal, mas só foi usado no início do campeonato, enquanto era mostrada a imagem pelo bico do carro do Fernando Alonso [McLaren] um gráfico no canto superior esquerdo da tela mostrava a sua posição pela pista. Já a corrida foi meia-boca, Felipe Massa [Ferrari] fez a pole position, mas perdeu liderança na largada. Bem que tentou recuperar a posição, insistentemente nas primeiras voltas, com direito ao X e tudo, até errar na 5ª volta e ficar longe da disputa da vitória.
Uma semana depois, no Bahrein, Felipe faz a pole novamente, só que se garantiu na largada, na relargada e ganhou a corrida de ponta a ponta. Nico Rosberg [Williams] e David Coulthard garantiram a diversão da etapa, Nico por andar mais pela areia que no asfalto e Coulthard por fazer a incrível média de uma ultrapassagem a cada duas voltas!
No dia 13 de maio, enquanto o papa Bento XVI abençoava nossa terra e monopolizava os canais de televisão o Felipe Massa fazia barba-cabelo-bigode em Barcelona; fez a pole, a melhor volta e ganhou a corrida. Fernando Alonso, querendo fazer bonito em casa, disputou a primeira curva com Felipe e saiu comendo poeira. Na categoria ‘fatos inusitados’ teve o Scott Speed [STR] perdendo um pneu no final da reta, no pit stop de Nick Heidfeld [BMW] um mecânico deixa a parafusadeira presa na roda e Ferrari de Massa sai em chamas do reabastecimento.
Mas nem tudo foram flores. Mônaco, apesar do belo visual não foi palco de nenhuma emoção. Em compensação no Canadá o acidente de Robert Kubica [BMW] nos tirou o fôlego por alguns minutos, mas felizmente os equipamentos de segurança lhe salvaram a vida. Indianápolis, na semana seguinte, emendou a pausa do café-com-leite e foi mais uma corrida regada à cerveja.
Voltando às nossas manhãs de domingo, o GP da França seria a despedida de Magny Cours como pista da fórmula. A Ferrari, tentando reverter a surra que levou da McLaren deste lado do Atlântico, estréia um novo pacote aerodinâmico, o que lhe rendeu a dobradinha no alto do pódio francês. E também a vitória de Kimi Räikkönen em Silverstone no GP da Inglaterra. Ou seria da Grã-Bretanha?
Finalmente, no treino classificatório para o Grande Prêmio da Europa, em Nurburgring, vimos a sensação da temporada, Lewis Hamilton cometer seu primeiro erro e tendo que largar na décima posição. Foi a peimeira vez que não subiu ao pódio na temporada, e também não marcou pontos.
Bem, durante os GPs da Hungria, Turquia, Itália e Bélgica eu baixava, assistia e pesquisava para escrever sobre Os Bons Tempos da Fórmula 1: Um Passado Que Nunca Existiu. Enquanto isso o campeonato seguiu equilibrado.
Mas só até chegar ao Japão, na bela região do Monte Fuji, onde um rio de chuva torrencial passou a separar Hamilton dos demais pilotos na conquista do título da temporada. Aliás, ele foi para Xangai com a mão na taça porém… Cometeu ali o erro fatal que pode ter lhe custado o campeonato. Vacilou novamente em Interlagos e matematicamente durante a corrida o título mudou de mãos dez vezes! Kimi levou o caneco.
Sim, eu me diverti muito. Foram cerca de 50 horas na frente da tv e outras tantas mais produzindo este blog só referente à temporada de 2007. (A parte histórica comentarei durante a off season)
Que chorem as divas e que blasfemem as procissões os infiéis, mas a temporada 2007 de Fórmula foi a melhor de todos os tempos! Por enquanto 😀 .
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